quarta-feira, janeiro 03, 2007

Prenda venenosa

Após o período natalício, pus-me a pensar nas melhores e piores prendas que já recebi...

Nas melhores, tenho a apontar quando me ofereceram a minha viola de caixa, o Niko (aqueles carros com telecomando à distância), a espada do He-man que os meus pais se arrependeram grandemente de ter comprado aquilo ao fim dos primeiros trinta segundos em que eu instalei as pilhas naquela gatemanha... E certamente outras que não foram menos importantes, na sua devida altura, mas a que eu não consigo aceder no meu disco rígido...

É claro que tinha as prendas da praxe... o pijama de flanela e as meias... e essas claro que não podem ser consideradas más prendas.

Após alguma profundidade de análise, posso assegurar que a pior prendas que eu recebia era o dinheiro. Se por um lado era bom, pois ficava logo todo contente a pensar onde ia gastar aquilo, vinham logo as vozes da consciência, mais conhecidas por pais, a dizer que eu devia de por aquilo numa conta para que, mais tarde, pudesse comprar um carro e uma casa, isto quando eu ainda não tinha nem uma idade aceitável para conduzir triciclos...

Era como se me dessem a noz e me retirassem os dentes... Tanto plano que eu tinha para comprar um Mortal Kombat para a Master System e agora tinha que começar a poupar para o carro... Bolas!

E todos os anos, era a mesma coisa...
Dinheiro!!!! AH! AH! Vou comprar um leitor de cassetes PORTÁTIL da Sony!!
E lá vinha a voz da Consciência: "Podias por esse dinheiro na conta para depois poderes comprar um carro ou uma casa..." Bolas!

Poupei durante vários anos, mas houve algo que o dinheiro que eu recebia no Natal não conseguia acompanhar... a inflacção... Bolas!