domingo, fevereiro 11, 2007

E se...

o NÃO fosse um político?

Entrada na sala de conferência, imprensa, jornalistas e fotos a disparar em direcção do político que começaria assim o seu discurso:

Caros concidadãos, queria desde já agradecer o vosso apoio e esforço realizado nesta campanha. Foi uma campanha de coração e suor, mas em democracia foi decidido e em democracia foi deliberado.
Já liguei ao meu colega SIM através do telemóvel, aquando do fecho das urnas e dessa realidade incontornável para lhe desejar as felicidades e que estarei sempre presente para o auxiliar nas suas funções...

o NÃO fosse um jogador de futebol?

flash interview após NÃO-0 SIM-1
Jornalista: o que achou do referendo?
NÃO: Foi díficil, entrámos algo a medo, mas penso que a meio da partida conseguimos superar o adversário e encostá-lo ao seu campo, mas depois fomos perdendo terreno e acabámos por perder a partida.
Jornalista: Pensa que a entrega de folhetos com fetos às portas das igrejas possa ter contribuído para o resultado?
NÃO: Não, quer dizer, fizémos uma boa partida, tinha-se estudado esse lance e permitiu-nos algum desaperto da situação onde nos encontrávamos, mas depois perdemos o rumo e a superioridade foi clara e acabámos por perder...

Uma coisa que me faz confusão...
Se o NÃO é tão a favor da vida, será mais fácil dar apoio a mulheres que precisam e se dirigem a centros específicos para recorrer ao método do aborto ou, por seu lado, era mais fácil correr terras por esse Portugal fora à procura de mulheres grávidas e parteiras?